Um
ano letivo se inicia e mais uma vez encaminhamos nossos filhos para a
Vida. Sim! Porque quando os mandamos para a escola, os mandamos para
a vida. Para que estejam preparados para entender as exigências que
lhes serão impostas, precisamos deixá-los ir, um pouco de cada vez,
aceitando que, apesar de amá-los tanto, eles não são nossos. Dessa
forma, seja na infância ou adolescência, estaremos contribuindo
diretamente para o desenvolvimento de sujeitos autônomos. Como
poeticamente citou o escritor português José Saramago:“_Devemos
criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos até de
ordens.”
A
partir de certa idade, só valem conselhos. Especialistas ensinam que
só essa postura torna adulto aquele bebê que um dia a mãe levou na
barriga. E a maioria dos pais acredita fazer isso, o que não nos
impede de sofrer quando nossos filhos fazem escolhas diferentes
daquelas que gostaríamos, ou quando eles próprios sofrem pelas
escolhas que recomendamos. Então, filho é um ser que nos
emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós
mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores
exemplos e de aprendermos a ter coragem.
Isso
mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode
ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da
incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão
amado.
Perder?
Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então,
de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com
respeito aos ateus, digamos são deles próprios, donos de suas
vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para
crescerem, biológica, sociológica, psicológica e emocionalmente.
E
o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não
deveriam retornar em sorrisos, orgulhos, netos e amparo na velhice?
Pensar assim é entender os filhos como nossos, e eles, não se
esqueçam, são do mundo! Volto para casa ao fim do plantão, início
de férias, mais tempo para os filhos, olho meus pequenos pimpolhos e
penso como seria bom se não fossem apenas um empréstimo! Eles são
do mundo. O problema é que meu coração já é deles. É a mais
concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e
aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas “crias”,
que, mesmo sendo “emprestadas”, são a maior parte de nós!”
Com
isso, podemos refletir que a maior contribuição que podemos dar aos
nossos filhos é educá-los para serem autônomos. Tornando-os
capazes de tomarem decisões quando for necessário, considerando
sempre,que todas as nossas escolhas influenciam em nossas vidas e no
meio social em que vivemos.
Compreendendo,
que na medida em que “permitimos que vivam longe de nós”,
amparados pelo resultado de todos os nossos investimentos físicos e
emocionais, estamos lhes dando a oportunidade de construírem uma
personalidade saudável e consciente.
Desejamos
um feliz 2013 a todos que acreditam que podemos contribuir com a
educação daqueles que são a melhor parte de vocês!
Fonte:
http://www.colegioantares.com.br/pagina/soep
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